ISAAC – em hebraico Yitszaq

O segundo dos três Patriarcas, filho de Abraão, nascido quando seu pai tinha cem anos e sua mãe 90 anos (Gn 21,5). Seu nome (Itszaq) provém por causa de como Sarah reagiu e pôs-se a ri quando percebeu que na sua idade avançada ainda teria um filho (Gn 18,12). Isaac é o menos retratado dos patriarcas, e somente alguns fatos menores são retratados da sua vida. Depois que seu meio-irmão, Ismael, mais velho do que ele, começou a zombar de Isaac, segundo percebeu seu pai, Ismael e sua mãe Hagar foram expulsos da casa de Abraão (Gn 21,9); mais tarde, quando Abraão morreu, seus dois filhos vieram juntos para enterrá-lo (Gn 25,9).
Quando Isaac era jovem, Deus provou Abraão pedindo-lhe que oferecesse seu filho em sacrifício (Gn 22,1-19). Os Sábios de Israel louvam a obediência de Abraão, pronto a executar essa ordem e esse fato de ter aceito a morte de seu filho pedida por Deus sempre constituiu um verdadeiro modelo para os judeus, que em inúmeras ocasiões preferiram o martírio antes do que violar a lei judaica (ver Aqedah). Mesmo que a tradição tenha sido descrito como uma criança, os rabinos calcularam que ele tinha a idade de trinta e sete anos no momento da sua ligadura (Genesis Rabba 55,4). Eles igualmente relacionam que o anúncio do sacrifício eventual de Isaac foi o que causou a morte de Sarah (Pique Avot de Eliezer 32).
Quando Isaac tinha quarenta anos, Abraão enviou seu servo, Eliezer, para a sua família na Mesopotâmia. Lá Eliezer encontrou Rebeca, o qual conduziu-a até Isaac para desposá-la (Gn 24). Ela tinha dificuldades para conceber e então ambos, ela e Isaac imploraram junto a Deus , que lhes permitiu depois conceber e dar à luz a gêmeos, Jacó e Esaú. Isaac tinha sessenta anos quando nasceram os seus filhos (Gn 25,19-26).
No final da sua vida Isaac perdeu a visão. Foi então quando Isaac, instigado por sua mãe Rebeca, se fez passar como Esaú e recebeu a bênção de seu pai como filho primogênito (Gn 27). Isaac morreu na idade de 180 anos e foi enterrado por Esaú e Jacó na gruta de Machpela, onde também estavam enterrados os seus pais (Gn 35, 27-29).
Isaac foi o único dos Patriarcas a não sair da terra de Canaã e a única vez que ele tentou sair de lá, Deus mesmo lhe ordenou que não o fizesse (Gn 26,2). A tradição rabínica explicou isso pelo fato de que ele quase tinha sido sacrificado e que nenhum objeto ou pessoa dedicado ao sacrifício poderia deixar a terra de Israel.
Segundo a tradição (após Gn 24,63) – “Uma tarde, Isaac saiu para meditar no campo” (aqui encontra-se a origem da oração após o meio-dia – Ber 26b).