26 – A destruição do Templo

Destruição do Templo  Destruição do Templo 2

As perseguições e humilhações de Pilatos e de seus sucessores provocaram um sentimento cada vez maior de revolta para os nacionalistas do povo, os chamados Zelotes. Esses, inspirando-se no combate dos Hasmoneus, decidiram pegar em ermas contra Roma. Em 66, eles tomaram a cidade de Jerusalém, mandando embora o rei pró-romano Agripa, executando o sumo sacerdote colaborador e expulsando as tropas romanas.

Apesar do apelo pedido pelos Fariseus, nada se fez. Roma procurou se vingar. Durante o verão de 70 (no dia 09do mês de Av, data da destruição do primeiro Templo), Jerusalém foi incendiada, numa terrível carnificina, de tal modo isso ficou marcado na memória judaica que o jejum de 09 de Av é ainda respeitado nos dias de hoje. Tito, o general vitorioso, contou mais de 97000 prisioneiros. Flávio Josefo, o historiador da época, estimou um milhão de vítimas. Foi o fim da independência nacional. O Estado judeu foi apagado do mapa. Mas o judaísmo não estava morto. "A guerra judaica de 66-70 se encerrou com a destruição do Templo e a dispersão do povo judeu. Essênios, zelotes e saduceus foram dizimados e não restaram mais do que dois partidos que se opõem: o judaísmo fariseu e o cristianismo nascente".