Termo | Definição | |
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Zacarias |
Glossários: Primeiro Testamento
Em Hebraico – Zekharyah = “Deus lembrou” Décimo primeiro livro dos Profetas Menores da seção profética da Bíblia. Ele pronuncia sua primeira profecia durante o segundo ano do reinado de Dario I, o Grande, em 520 a.C. Zacarias era contemporâneo do governador Zorobabel, de Josué, o Sumo Sacerdote e de Ageu, o Profeta. Ele profetiza durante dois anos e exorta, ao mesmo tempo que Ageu, ao povo de Jerusalém a retomar os trabalhos de reconstrução do Templo. O livro de Zacarias corresponde com o de Ageu e de Malaquias ao grupo das profecias pronunciadas após o exílio na Babilônia. O livro é constituído de duas partes: os oito primeiros capítulos são atribuídos ao profeta e oferecem datas das suas profecias. Os seis últimos capítulos, fortemente escatológicos, são escritos num estilo obscuro e fazem alusão a um contexto confuso. O autor e a data de composição desta parte são desconhecidos. Embora o livro seja atribuído a um único Profeta, os pesquisadores modernos sugerem que o autor desses capítulos não pode ser o Profeta e que seus oráculos nos remetem a um período posterior. Composto de 211 versículos, o Livro de Zacarias é o mais extenso livro dos Profetas Menores. Quando a restauração que se seguiu ao exílio da Babilônia, o Povo de Jerusalém era uma comunidade pobre e desencorajada (Zc 8,10). Unindo a sua voz àquela de Ageu, Zacarias apoiava que a reconstrução do Templo constituía o prelúdio necessário ao acontecimento do Reino do Messias. Graças aos esforços reunidos de dois Profetas, o Templo foi restaurado em 515 a.C. (Esd 6,15). Os seis primeiros capítulos relatam oito visões que supostamente ele teve numa noite. Dessas visões ele afirma com segurança que, apesar de tudo, os tempos messiânicos estão próximos. Os últimos capítulos do livro descrevem os diversos aspectos dos tempos messiânicos. As duas seções do livro influenciaram fortemente a literatura apocalíptica.
Fonte consultada: Dictionnaire Encyclopédique du Judaïsme. Paris: Bouquins Cerf/Robert Laffont, 1996, p. 1099. |