Termo | Definição |
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Agar |
Glossários: Primeiro Testamento
No Livro de Gênesis, Agar é a serva egípcia de Sarai ou Sara, esposa de Abrão ou Abraão. Sara já envelhecida pelos anos, acreditando ser estéril, oferece ao leito de seu esposo sua serva com o objetivo de assegurar para ela uma descendência a Abraão. Agar concebe um filho: Ismael. Mas será a própria Sarah quem mais tarde, por favor divino, acaba apesar da idade a conceber também um filho: Isaac. Surge um conflito entre as duas mães, orgulhosas dos filhos que deram ao Patriarca Abraão e Sarah procurou de todos os modos salvaguardar para o próprio filho a exclusividade dos privilégios do filho legítimo. Encontramos aqui dois documentos que refletem tradições diferentes sobre o mesmo assunto, que parecem ter sido integrados à história de Abraão e harmonizados pelos redatores do texto definitivo. De onde lemos portanto, as duas "saídas" de Agar para o deserto, que poderia ter sido uma somente. Na primeira narrativa bíblica (Gn 16,4-14), Agar humilhada por Sarah, foge para o deserto quando ainda estava grávida, mas volta se submete à Sarah depois de ter recebido do Anjo do SENHOR a promessa que seu filho seria o ramo de uma numerosa descendência. Na segunda narrativa (Gn 21,9-20) ela é despedida por Abraão que a expulsa, a ela e ao seu filho, não sem desaprovação, ao pedido formal de Sarah e após ter recebido do alto a certeza de que de Ismael também sairia uma "grande nação". Tendo Agar vagado pelo deserto de Bersabéia, por fim vencida pela sede e cansaço, se desespera. Mas o Anjo do SENHOR a reconforta pela mesma promessa assegurada a Ismael. Ele descobre uma fonte de água, ali seu filho ganha forças e ela também. É a fonte da "visão de Deus". Segunda as tradições de Israel, Agar se tornou pelo seu filho Ismael, a ancestral das doze tribos do deserto da Arábia (Cf. Gn 25, 12-16). O Apóstolo Paulo, na sua carta aos Gálatas cita Agar aludindo à antiga Aliança e Sarah símbolo da Aliança nova (Cf. Gl 4,21-31). |